As Zonas 30, sendo uma ideia que nasce no norte da Alemanha há já 3 décadas, tem demorado a pegar em Portugal. Em Lisboa tem havido várias boas intenções, e houve até há uns anos a criação de algumas pequeníssimas zonas 30. Na realidade resumiam-se na maioria dos casos à mera instalação de sinalização vertical - automaticamente desrespeitada.
O novo plano de Zonas 30 é algo bem mais sério. Abrangendo vários bairros, vai para lá da sinalização vertical, havendo várias medidas de acalmia de tráfego. Do Bairro do Arco do Cego (ainda em requalificação), destaco dois exemplos:
1. "Passadeiras sobrelevadas" de seu nome oficial, é na realidade mais do que isso. Não se trata de uma passadeira (um canal de travessia para peões numa zona pertencente aos veículos) mas sim na continuação dos passeios (um canal de travessia dos veículos para um espaço que pertence ao peão). O passeio passa a ser contínuo, sempre ao mesmo nível, e sempre em calçada. É o automóvel que para invadir espaço alheio, terá que parar e garantir que não há peões, galgando o passeio.
Esta medida está presente em quase todas as entradas do bairro.
Como se vê na foto, parece estar previsto a colocação de mobiliário urbano (dois vasos para árvores?) que criaram uma sensação de maior aperto aos automobilistas, forçando ainda mais uma velocidade mais baixa.
O estreitamento da via facilita ainda a circulação de peões, que apenas têm de fazer um percurso com metade do tamanho no alcatrão.
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