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18 dezembro 2013

Calçada portuguesa já tem um manual para o futuro

No dia em que será discutido em reunião de Câmara pública o Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa (PAP) após ponderação da participação pública, e depois de muita e boa reflexão sobre vários aspectos da proposta, escolhi aquele que claramente mais extravasou o estrito debate técnico: o revestimento dos passeios.
A primeira versão sujeita a consulta pública denegria o papel da calçada em meio urbano, optando por caracterizá-la como um pavimento sem solução técnica de construção e fiscalização ajustada aos novos tempos. Como alternativas ignorava que as soluções geralmente disponíveis no mercado, sobretudo ao nível das peças de betão pré-fabricadas, padecem dos mesmos riscos de falta de fiscalização na construção e manutenção, com a agravante do betão ser um material com uma enorme pegada ecológica quando comparado com a pedra, essa sim durável e com um grande potencial de reutilização.
Nesta versão desmistifica-se um pouco mais que se defende uma correcta construção da calçada, que não se pretende a sua retirada, mas no fundo mantém-se a tónica nas alternativas... 
É de todo importante percebermos que o documento de estudo e aprofundamento de soluções de pavimentação que o PAP preconiza como medida concreta a sair deste documento não pode deixar de ter em conta este magnífico trabalho da ex-DGEG a propósito da boa construção da calçada, que é aquela que vale a pena e aquela que todos queremos ter.  

2 comentários:

  1. Não percebi: "escolhi aquele que claramente mais extravasou o estrito debate técnico: o revestimento dos passeios."

    Escolheu para quê?

    Estou muito interessado neste debate, uma vez que terei em breve, na Assembleia da minha Freguesia, um debate sobre isto.

    Que documentos me sugere consultar?

    (note que não sou arquitecto)

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  2. Caro "Anónimo":
    Se vai ter um debate na sua Freguesia sobre isto, é porque o assunto de facto extravasou a questão "técnica". Portanto, não errei pois não?
    E já agora, porque é que não se identifica? Se é um eleito, ainda por cima...

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