Duas das propostas às quais foram atribuídas verbas no âmbito do processo do Orçamento Participativo deste ano, foram da autoria de Rosa Félix, co-autra deste blog adormecido no éter da WWW.
São 2 propostas que se complementam.
São 2 propostas que se complementam.
Criar ligações cicláveis entre o eixo Av. Almirante Reis/Av. Guerra Junqueiro/Av. Roma e o eixo Av. da República/Av. Fontes Pereira de Melo/Av. da Liberdade, através da implementação de medidas de acalmia e de sinalética que promovam velocidades de circulação de tráfego abaixo de 30Km/h e lembre a partilha de espaço com bicicletas
e
São propostas importantes que esperamos ver implementadas em breve e não irem parar à gaveta dos projectos que venceram o Orçamento Participativo mas que nunca foram implementados...
Talvez não. São tudo projectos obvios e fáceis de executar.
Começando pelo mais evidente: a Av. de Roma, com as suas 3 faixas para cada lado tem espaço que chegue para mesmo os fanáticos do pópó não se incomodarem sequer com os habituais protestos.
O caso da Guerra Junqueiro é mais complexo, porque o nosso código da estrada não permite - ao contrário do que acontece em muitas cidades europeias - que as bicicletas circulem em sentido contrário ao dos automóveis.
Uma boa solução pode ser abandonar o estacionamento em espinha naquela artéria (pelo menos num dos lados), colocando-o paralelo ao passeio e libertando espaço para uma ciclovia bi-direccional... Ao mesmo tempo diminuia-se assim a presença automóvel naquela Avenida, que tem tanta vida, e que desta forma pode vir a tornar-se das mais agradáveis de Lisboa.
Finalmente, o caso da Almirante Reis, poderia passar pela implementação de uma faixa BUS em toda a Avenida em que pudessem circular os transportes públicos com mais velocidade e as bicicletas.
Se formos a ver bem não seria nada de muito extraordinário: Hoje em dia, os estacionamentos em 2ª fila quase que trasformaram aquela avenida numa artéria de 1 faixa para cada lado.
Creio que os logistas, incentivados por uma maior fiscalização, adaptar-se-iam rapidamente a fazer as cargas e descargas fora das horas de fluxo de transportes públicos (ocupando as faixas BUS) e os automobilistas em geral também saberiam encontrar alternativas... (por exemplo: não faz sentido que seja mais rápido ir da Alameda à Sé pelo coração da cidade, pela Almirante Reis, Praça da Figueira e subir pelo centro historico, do que pelos túneis das Olaias que eram supostamente as "auto-estradas da cidade".
Esta última reforma, ao contrário das outras propostas de banal implementação, seria de facto uma importante e estrutural marca na cidade.
Seria dar início a uma 2ª geração de medidas para se diminuir a carga automóvel em Lisboa e assim melhorar a qualidade de vida de quem cá mora... "2ª geração de medidas" essas que se estão a tornar cada vez mais urgentes para acabarmos de vez (outra vez) com o marasmo e voltarmos a sentir novamente aquele entusiasmo que houve há uns anos quando se inauguraram as primeiras ciclovias, limitou-se o transito no em importantes zonas da cidade como o Terreiro do Paço, Marquês de Pombal ou Duque de Loulé.
Criar condições para a mobilidade ciclável no eixo Av. Almirante Reis/Av. Guerra Junqueiro/Av. Roma. Esta proposta implica:
a) a criação de um espaço canal próprio para bicicletas na Av. Almirante Reis (ou em faixas Bus onde não for possível); b) a criação de condições para a circulação de bicicletas em ambos os sentidos na Av. Guerra Junqueiro, e c) a criação de um percurso ciclável na Av. de Roma
São propostas importantes que esperamos ver implementadas em breve e não irem parar à gaveta dos projectos que venceram o Orçamento Participativo mas que nunca foram implementados...
Talvez não. São tudo projectos obvios e fáceis de executar.
Começando pelo mais evidente: a Av. de Roma, com as suas 3 faixas para cada lado tem espaço que chegue para mesmo os fanáticos do pópó não se incomodarem sequer com os habituais protestos.
O caso da Guerra Junqueiro é mais complexo, porque o nosso código da estrada não permite - ao contrário do que acontece em muitas cidades europeias - que as bicicletas circulem em sentido contrário ao dos automóveis.
Uma boa solução pode ser abandonar o estacionamento em espinha naquela artéria (pelo menos num dos lados), colocando-o paralelo ao passeio e libertando espaço para uma ciclovia bi-direccional... Ao mesmo tempo diminuia-se assim a presença automóvel naquela Avenida, que tem tanta vida, e que desta forma pode vir a tornar-se das mais agradáveis de Lisboa.
Finalmente, o caso da Almirante Reis, poderia passar pela implementação de uma faixa BUS em toda a Avenida em que pudessem circular os transportes públicos com mais velocidade e as bicicletas.
Se formos a ver bem não seria nada de muito extraordinário: Hoje em dia, os estacionamentos em 2ª fila quase que trasformaram aquela avenida numa artéria de 1 faixa para cada lado.
Creio que os logistas, incentivados por uma maior fiscalização, adaptar-se-iam rapidamente a fazer as cargas e descargas fora das horas de fluxo de transportes públicos (ocupando as faixas BUS) e os automobilistas em geral também saberiam encontrar alternativas... (por exemplo: não faz sentido que seja mais rápido ir da Alameda à Sé pelo coração da cidade, pela Almirante Reis, Praça da Figueira e subir pelo centro historico, do que pelos túneis das Olaias que eram supostamente as "auto-estradas da cidade".
Esta última reforma, ao contrário das outras propostas de banal implementação, seria de facto uma importante e estrutural marca na cidade.
Seria dar início a uma 2ª geração de medidas para se diminuir a carga automóvel em Lisboa e assim melhorar a qualidade de vida de quem cá mora... "2ª geração de medidas" essas que se estão a tornar cada vez mais urgentes para acabarmos de vez (outra vez) com o marasmo e voltarmos a sentir novamente aquele entusiasmo que houve há uns anos quando se inauguraram as primeiras ciclovias, limitou-se o transito no em importantes zonas da cidade como o Terreiro do Paço, Marquês de Pombal ou Duque de Loulé.
Foto de um passado que já parece ter sido há muitos, muitos anos atrás...
Ó ber, uma coisa que podiamos fazer, e que dava algum mas não muito trabalho, era fazer um pds da execução dos projetos do orçamento participativo. Lá no partido em que militamos, quando sugeri esta linha de trabalho, olharam para mim com um desdém só ao alcance dos filhos das melhores famílias.
ResponderEliminarFazer um mapa do ponto de execução de todos os projectos do OP é uma coisa que pode dar pouco trabalho se a CML tivesse um "gabinete do OP" que tivesse essa informação actualizada e transparente... :\
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