15 fevereiro 2013
Pela Municipalização do Metro de Lisboa
Há dias, os trabalhadores do Metro distribuíram este elucidativo documento aos cidadãos.
Trata-se de mais uma acção no contexto da luta contra a ideia peregrina da Administração da empresa de reduzir os salários, ideia essa que tantos incómodos têm causado aos passageiros e tantos custos tem tido para a cidade.
Toda a situação do Metro - esta "estratégia" de redução de custos, mas também tudo o resto - convoca uma vez mais a necessidade de passar a tutela do Metro do Governo Central para o Municipal.
Porque razão, numas eleições autárquicas ou numa qualquer reunião de Câmara, não se pode discutir a política salarial do Metro e este ou aquele investimento que pode levar a maiores ou menores custos com o pagamento de empréstimos? Ou aumentar a frequência em determinada linha, por exemplo, coincidindo com a redução de faixas em determinadas artérias à superfície? Ou fazer um serviço especial nocturno, aos fins-de-semana, até às 3 da manhã, para levar o pessoal do Bairro Alto a um parque de estacionamento mais distante da zona histórica da cidade?
Lisboa deve ser a única capital dos países ditos desenvolvidos que não tem mão no seu sistema de transportes colectivos.
Quem é eleito para gerir a cidade, toda a estrutura Administrativa da cidade, que quotidianamente vai bem ou mal pensando e intervindo na cidade, pouco mais podem fazer em relação à rede do Metro do que exercer uma espécie de "magistratura de influência" e esperar que as coisas possam correr da melhor maneira possivel...
A Metro de Lisboa, depende afinal do Secretário de Estado dos Transportes, escolhido pelo Ministro da Economia, nomeado pelo Primeiro-Ministro, eleito numas eleições legislativas em que, naturalmente, o debate em questão não é nem pode ser a criação de um comboio especial que ajude a tirar os carros do Bairro Alto.
É como um ente estranho à cidade que acaba por ter uma influência absolutamente estrutural na própria cidade.É um caso notável de aberração administrativa, a ser estudado em todo o mundo sobre como as coisas não devem funcionar.
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