Páginas

27 junho 2013

Lisbon goes for Boris!

O The Guardian avança com a noticia de que a opção pela bicicleta já representa 24% dos veículos na hora de ponta em Londres!
Seria este cenário expectável há uns anos atrás? O que se fez então para alterar o padrão de mobilidade das pessoas em Londres? 
Estamos obviamente a falar de uma política de mobilidade que foi convictamente traçada em vários domínios, de uma forma transversal, pensando numa base sistémica de transportes.
Existe um sistema de financiamento do serviço de transportes e, o serviço prestado não fica assim refém, de resultados operacionais deficitários nalguns percursos. Só assim é possível corresponder às necessidades da população, planeando um serviço a uma escala próxima das necessidades de deslocação, muitas vezes intermodal.
Em paralelo desenvolveu-se um sistema partilhado de bicicletas (como em muitas outras cidades), por concessão a uma entidade bancária, que dá corpo à possibilidade de utilização em circuitos combinados com outros modos de transporte.


Um bem haja ao Mayor de Londres pelo trabalho politico feito até à data nesta área.
Ficam as sugestões de leitura:

 

Em Lisboa, também se tem começado a trilhar um caminho importante na integração dos vários modos de transportes, mas com várias condicionantes políticas e institucionais que impedem uma maior celeridade dos resultados práticos (refiro-me à participação directa dos municípios na gestão dos serviços de transportes). Os diferentes níveis de dependência tutelar da gestão das infraestruturas e serviços de transportes (nível municipal e metropolitano), têm proporcionado conflitos de interesse que em nada beneficiam os utentes dos transportes. 
Voltando à referência inicial do post, no que diz respeito à opção modal da bicicleta em deslocações urbanas, verifica-se um aumento da sua representatividade (principalmente no município de Lisboa), ao qual não são alheias algumas opções politicas que os executivo têm adotado. Ainda assim há muito trabalho a fazer, e alguns erros a corrigir. 

PS: Aproveito ainda para sugerir a participação na Massa Critica (site + facebook) que decorrerá amanhã seguida de uma festa da Cicloficina: GRANDE FESTA Cicloficina dos Anjos

2 comentários:

  1. Filipe, atenção que a aposta nas bicicletas começou ainda com o Livingstone (que também introduziu as portagens urbanas).
    O Boris continuou o bom trabalho.

    ResponderEliminar
  2. Depois de nestas férias ter visto barcelona,lyon e luzern...acho que ainda estamos muito longe do que acontece nessas cidades. Mas ao menos estamos a começar por algum lado...

    ResponderEliminar