17 março 2013
O Bloco aposta forte em Lisboa
O Bloco de Esquerda vai candidatar (um dos seus) líderes à Câmara Municipal e a sua deputada mais prestigiada à Assembleia Municipal.
Depois de umas desastrosas eleições autárquicas há 4 anos, o Bloco aposta na reeleição de um Vereador para Câmara de Lisboa como em 2005 e 2007.
A dificuldade é que estes 2 dirigentes nacionais do Bloco nunca fizeram política autárquica. Terão que perceber que quem não é "político profissional", não pensa tanto em função de "eu sou de partido A e não gosto do B", mas sim "quem é que fará melhor trabalho uma vez eleito".
Vão ter de se preparar e pensar a política das cidades, evitando um pouco o modelo de intervenção feito até agora, em que a política autárquica aparece um pouco como uma extensão da política nacional (exemplo: a questão da privatização da EPAL) quando não é um mero discurso sem qualquer ligação a problemas concretos dos cidadãos (como toda a campanha feita contra o fundo imobiliário da CML que nem sequer chegou a existir).
Idêntico problema, aliás, parece ter o João Ferreira da CDU, deputado no Parlamento Europeu.
Pelo que ouvi na televisão (que naturalmente pode enviesar a minha percepção), o ataque a António Costa é porque foi reduzido o numero de Freguesias em Lisboa.
Ora, não só há anos que se considerava que o número de Freguesias em Lisboa era (e na verdade continua a ser) um exagero, como - se exceptuarmos as pessoas que pertencem a um partido político e/ou trabalham numa junta - a esmagadora maioria dos lisboetas, tem dezenas de problemas na sua cidade que gostariam de ver resolvidos primeiro, antes mesmo de sequer começarem a pensar quantas freguesias há em Lisboa ou a que freguesia exactamente pertence a sua rua.
No entanto, João Ferreira tem a apoia-lo um Partido que está em dezenas de Executivos de Junta de Freguesia e, por essa via, existem largas dezenas de apoiantes e candidatos CDU que têm de lidar quotidianamente com os munícipes, os seus problemas, as suas sugestões... O BE, não só ficou reduzido a 18 eleitos nas juntas depois do último desastre eleitoral, como tem tido como linha recusar participar em Executivos (mesmo que sejam só de Junta de Freguesia).
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