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10 março 2013

Transportes Públicos na AML

Com elevação critica, hoje debateu-se o enquadramento político, o papel dos operadores e os impactes sociais dos Transportes Públicos na Área Metropolitana de Lisboa...

Muitos indicadores atuais fazem-nos concluir que atravessamos um momento socialmente sensível e particularmente marcante para o sistema de transportes nas áreas metropolitanas. 

As mudanças politicas em curso determinaram alguns aumentos tarifários do transporte coletivo, contribuindo para a diminuição da sua atratividade para o utente. Esta consequência sabemos estar totalmente desalinhada das politicas europeias de transportes, em particular, no que diz respeito à necessidade de reequilíbrio da repartição modal e de desincentivo da opção pelo transporte individual motorizado privado.

A sustentabilidade das empresas do setor dos transportes é essencial mas não pode ser analisada de forma isolada ou sem um entendimento económico mais abrangente. O sistema de transportes tem um carácter transversal e a sua relação com o planeamento e ordenamento do território é por demais evidente! Portanto, urge pensar no atual conceito de prestação de serviço público, assim como, nos vários modelos de financiamento possíveis para o efeito!




Sendo esta uma questão completamente transversal a matérias como a habitação, emprego, ambiente, urbanismo e ordenamento do território, apenas queria deixar as seguintes reflexões:


- numa fase em que as dependências casa/trabalho aumentaram distâncias
- numa fase em que a mobilidade para além de um direito é um fator de acesso a oportunidades de emprego e de inclusão social
- numa fase em que nunca foi tão oportuno como agora, a promoção da utilização do transporte público alterando o paradigma cultural atual e ambicionando um sistema de transportes com uma repartição modal mais equilibrada

Estaremos mesmo a trabalhar de uma forma institucionalmente integrada e centrada nas necessidades do cidadão?
Estaremos mesmo a dialogar em plataformas de stakeholders inclusivas (governo, reguladores, autoridades metropolitanas, autarquias locais, operadores de transportes, gestores de infraestruturas, comissões de utentes, comissões de trabalhadores, sindicatos e associações civicas e/ou outras ong’s)?
Estaremos mesmo a resolver os problemas à escala territorial apropriada, promovendo um desenvolvimento social, ambiental e economicamente sustentável?

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