A Avenida da República é "isto": Faixas de rodagem, muitas faixas, muito asfalto, muitos carros. Há troços com 14 faixas de rodagem.
Na vertigem de "escoar" o tráfego, rasgaram-se túneis e matou-se em definitivo a "Avenida", pelo menos entre Entrecampos e o Campo Pequeno.
Uma vedação impede que alguém ainda tentasse a loucura de tentar atravessar...
Por ser uma zona planáltica e central da cidade, impressiona o número de ciclistas que aqui se vê em horas de ponta. Não tanto como na ciclovia da Avenida Duque d´Ávila, mas muitos. Muita gente sai de bicicleta da estação ferroviária, muita gente chega pela ciclovia do Campo Grande. Vê-se gente a pedalar pelos passeios e no lado nascente é mais que frequente ver-se bicicletas em contra-mão até ao Campo Pequeno, evitando ter que pedalar até Entrecampos para poder vir na via no sentido para o Saldanha.
Dia 31 de Maio estarei às 18:30h no evento "Faz-me Festas nos Anjos" como orador num debate intitulado "Daqui-acolá: outras mobilidades em Lisboa".
É frequente nestes debates assistir a opiniões corporativas da engenharia quanto às qualificações do arquitecto paisagista (e outros) para discutir mobilidade...ficam já avisados por antecipação de que levarei estas e outras fotos semelhantes para dizer, olhos nos olhos, que a "mobilidade" hoje não é mais um exclusivo da engenharia, que já não é só tráfego automóvel, lancil, passadeiras e passeios para os peões.
É urgente uma outra visão deste assunto que se chama "desenhar cidade". E nesta realidade há hoje muitas profissões e qualificações que devem assumir um papel activo.
O que não queremos mais são estes horrores viários insustentáveis, desenhados por "especialistas" da área, como as fotos aqui o demonstram.
Era ir de noite com uma picareta abrir uma passagem nesse muro.
ResponderEliminarO pessoal começava a atravessar ali, causando alguns sustos (esperemos que nenhum atropelamento) e obrigando os carros a abrandarem e a conduzirem com mais precaução. Aquilo parece uma auto-estrada :S