31 maio 2013
Políticas de Habitação no Estado Novo
A Lisboa do Estado Novo sofreu políticas de habitação diferenciadas conforme a classe social. Os "pobrezinhos" não mereciam mais do que habitações pré-fabricadas atribuídas através do chamado "Programa de Casas Desmontáveis". Mais tarde, como aconteceu no Bairro Padre Cruz e no Bairro da Boavista, a construção evoluiu para alvenaria mas a mesma lógica de casinhas de bonecas para os indigentes manteve-se inalterada. Pelo contrário, a classe média já era merecedora de moradias maiores e mais agradáveis, atribuídas através do "Programa de Casas Económicas". Por sua vez, havia novas diferenças de classe neste "chapéu": a working class (fossem funcionários públicos, fossem empregados e operários sócios dos sindicatos corporativos) era alojada em determinados bairros (Caramão da Ajuda e Rego, por exemplo) e os profissionais liberais eram realojados em outros (Restelo, por exemplo). Uma lógica, contudo, presidia a todas estas atribuições: uma moeda de troca que permitisse um certo apaziguamento social de obediência ao regime.
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